Ela ficou na porta e escutou de novo. Com certeza, o barulho vinha do quarto. Ela conseguia ouvir seus gemidos e barulhos de tapas na bunda. Ela abriu a porta para se deparar com uma visão nada boa e profana. Lá, na cama, estava seu suposto noivo, se pegando com uma mulher estranha. Eles estavam tão absortos no ato que nem perceberam sua presença.
"Mais forte, amor", vieram os gemidos da mulher.
**Emily** não aguentou mais. Ela bateu o pé com força no chão. Isso atraiu a atenção deles. **Jayden** olhou para ela como se olhasse para uma mosca que caiu na sua comida. Eles nem se deram ao trabalho de se cobrir.
"O que aconteceu com você?" **Jayden** perguntou com raiva.
"Sério! **Jayden**?" **Emily** retrucou.
Finalmente, **Jayden** teve a decência de colocar suas calças. Ele jogou o lençol na mulher, indicando que ela também se cobrisse.
"Você não consegue ver que está nos interrompendo?" a mulher na cama perguntou. Ela estava visivelmente irritada por ter seu momento com o bilionário interrompido.
"Saia", disse **Jayden** friamente.
"É ela quem deveria sair e não eu. Eu sou sua noiva, por Deus, **Jayden**", **Emily** explodiu.
"Noiva mesmo", zombou a mulher. "Quem você pensa que é? Uma miserável qualquer tentando se casar com **Jayden** **Mason**? Ele pode até se casar com você, mas nunca vai te amar. Aprenda seu lugar."
**Emily** se virou para **Jayden**,
"Você não pode me mostrar nenhum respeito? Nosso casamento é em dois dias."
"Então…" a mulher começou.
"
Cale a boca", **Emily** interrompeu. "Você deveria estar calada e envergonhada de si mesma. Andando por aí com qualquer um."
"**Jayden**, ela está me intimidando!" disse a mulher, tentando agir de forma coquete.
"Saia, **Emily**", disse **Jayden** novamente.
**Emily** ficou irritada por **Jayden** ter escolhido defender a mulher e não ela, sua futura esposa.
"Eu não vou mais me casar com você", ela declarou firmemente.
**Jayden** sorriu. "O quê? Você não ousaria."
"Espere para ver", respondeu **Emily**.
"Ninguém vai se casar com você se eu te rejeitar. Ninguém ousa. Comporte-se e saia agora enquanto estou sendo legal, ou farei você se arrepender", **Jayden** ameaçou.
**Emily** pensou em suas palavras e percebeu que era verdade. Ninguém ousaria se casar com ela se ela fosse rejeitada por um homem tão poderoso quanto **Jayden** **Mason**. Ela se virou e saiu do quarto. Mas ela estava determinada a não seguir em frente com o casamento.
**Emily** chamou um táxi para levá-la para casa. Ela sentou-se em silêncio e lágrimas rolaram por seu rosto. Ela era apenas uma garota de 21 anos. No entanto, o destino nunca sorriu para ela desde que nasceu. Seus pais a desprezavam e ela nunca conheceu a paz em casa. Ela teve que trabalhar para se sustentar. Apesar disso, sua família ainda queria usá-la para alcançar a independência financeira e a abundância. Eles estavam determinados a usá-la até a última gota de seu sangue. Sua mãe, seu pai e sua irmã eram todos culpados. Ninguém, nem um, ficou de fora. Ela não estava nas boas graças de ninguém. Seu crime e o que ela fez para merecer tal mau tratamento, ela não sabia.
"Aqui", o motorista de bom coração ofereceu-lhe um lenço de papel. Foi então que ela percebeu que estava chorando. Ela pegou o lenço e forçou um sorriso.
"Obrigada", ela disse educadamente. Pelo menos, uma pessoa tinha sido gentil com ela hoje. Se ao menos seus pais também pudessem aprender e ser gentis com ela…
"Chegamos", o motorista anunciou, tirando-a de seus pensamentos. **Emily** respirou fundo e saiu do carro. Ela estava de volta ao seu inferno de casa.
Ela abriu a porta e encontrou três pares de olhos, encarando-a com extrema hostilidade.
"Boa noite, mãe e pai", ela cumprimentou e tentou fugir para seu quarto.
A família estava na mesa jantando. Sua irmã mais velha, **Rose**, revirou os olhos para ela.
"Por que você está em casa? Você deveria estar passando a noite na mansão dos **Mason**", sua mãe, **Olivia Grant**, foi rápida em apontar. Ela não se preocupou em esconder a crueldade em sua voz. Ela queria se livrar de **Emily** a todo custo.
"Eu não vou mais me casar com ele", respondeu **Emily**.
"O quê!" **Olivia** e **Rose** gritaram em uníssono.
"Você deve estar brincando. Eu não vou deixar você arruinar nossas chances nesta família. Você não vai nos envergonhar. Sim. Você não vai. Saia agora e volte para a família **Mason**", disse **Olivia** com rancor.
**Emily** não se moveu. **Olivia** ficou surpresa. **Emily** sempre obedeceu a vida toda.
"Não, mãe. Eu não vou me casar…"
**Rose** a interrompeu com um tapa. "Como ousa desafiar nossa mãe? Pai?" **Rose** disse, chamando seu pai para pedir ajuda.
**Sr. Williams Harper** observou em silêncio. Seu coração sangrou um pouco por **Emily**, sua filha mais nova. **Emily** também chamou seu pai. Ele era sua última esperança.
"Pai, eu não posso me casar com **Jayden**. Ele não vai me tratar bem", ela chorou.
"Tratá-la bem mesmo. Você não merece nada melhor, sua criança inútil", **Olivia** cuspiu.
O coração de **Emily** doeu ao ouvir essas palavras de sua própria mãe. Ela estava acostumada com isso, mas os comentários de cada dia a atingiam de forma diferente. Implorar para seu pai foi em vão. Embora ele sentisse um pouco de pena dela, sua esposa e sua mãe também o influenciaram muito. Ele olhou para sua esposa e ela lhe lançou um olhar mortal. Ele abriu a boca e disse a **Emily**,
"**Emily**, obedeça sua mãe. Volte para a família **Mason**."
Era sempre a mesma velha história. Sempre 'obedecer'. **Emily** não teve voz naquela casa. Ela entrou em seu quarto em lágrimas e raiva.
**Rose** e sua mãe trocaram olhares.
"Mãe, ela deve ir, certo? Não podemos perder muito dinheiro e a chance de viver uma vida feliz. Pense na fama, nas riquezas, no poder e na felicidade que seguem. Não podemos deixá-la ir, certo?" **Rose** perguntou.
"Com certeza. Ela deve se casar. Mas ela está provando ser teimosa. O casamento é em dois dias. E ela deve estar na casa dele esta noite. Não podemos cometer erros, senão eles podem mudar de ideia. O que fazemos, minha querida filha?" **Olivia** respondeu.
**Rose** pensou por um momento e disse,
"Deixe comigo, mãe. Ou ela vai por conta própria ou eu a farei ir. Eu só preciso drogá-la e mandá-la para lá."