P.O.V. do Mica
Eu conseguia ouvir eles atrás de mim.
Passos
Eles estavam indo na mesma velocidade que os meus, só que mais alto. Quem quer que fosse, não tava pegando leve. Queriam que eu soubesse que estavam atrás de mim... seguindo, já faziam três quarteirões. Não me atrevi a olhar pra trás, tava com muito medo de ver quem era.
Também tava com medo que, se continuassem, vissem onde eu moro. Não conseguia ver nenhuma sombra, o que significava que estavam a uma boa distância de mim, mas conseguia sentir o cheiro do perfume deles quando a brisa batia e, pra piorar tudo, era 1h da manhã e meu apartamento fica num bairro não muito bom. Não é tão ruim assim, mas tem uma gangue por aqui. Eu tento ao máximo não esbarrar neles. A última coisa que eu quero é ser alvo por alguma razão idiota.
Enfim,
Quando cheguei perto do meu prédio, decidi virar e olhar. Quando eu fiz isso, não tinha ninguém lá. Só eu e um cachorro vira-lata do outro lado da rua, até onde meus olhos alcançavam. Suspirei e entrei no prédio. Peguei o elevador pro meu andar e andei pelo corredor até ver minha porta. Olhei pros dois lados do corredor antes de entrar.
Joguei minha mochila da escola no chão e tirei meu chapéu. Esvaziei minha mochila dos meus livros e roupas de trabalho antes de ir pra cozinha. Decidi só comer um pouco de cereal e tomar banho, já que ia dar 1h15 da manhã.
Depois de terminar meu cereal e o banho, subi na cama e puxei o cobertor até o queixo, fechando os olhos e esquecendo o incidente que aconteceu no caminho pra casa. Fiz uma anotação mental pra pedir pro meu gerente mudar meu turno amanhã.
Quando eu tava quase caindo no sono profundo, ouvi minha janela do quarto deslizar e passos vindo em direção à minha cama. Fiquei apavorado, queria me mijar. Queria gritar, correr, qualquer coisa, mas fiquei congelado na cama, de olhos fechados, esperando que quem quer que fosse fosse embora, como da primeira vez, mas era óbvio que me seguiram até aqui e me seguiram por algum motivo.
Consegui sentir o peso deles na beira da cama e a mão deles puxou o cobertor do meu queixo. Tive calafrios de frio, mas ainda não me mexi. O estranho pousou a mão na minha bochecha esquerda, os anéis frios nos dedos mandaram calafrios pela minha espinha. Ele moveu a mão da minha bochecha e a passou pelo meu peito.
Tentei enxergar no escuro, esperando que a luz da rua da janela que ele deixou aberta ajudasse, mas ainda não consegui distinguir um rosto familiar. Quase não consegui enxergar nada. Só os piercings, olhos azuis, dentes brancos e brilhantes quando ele sorriu e, de alguma forma, a corrente de ouro dele brilhava no escuro.
"Q-quem é você?" Consegui gaguejar.
"Xiii, não precisa ter medo, baby." A voz rouca e grave dele respondeu. Era obviamente um homem, mas o que ele queria?
"Você é um ladrão?"
O estranho riu. A risada dele era sexy, mas o que eu tava pensando numa hora dessas?
"Tipo, sim, não nessa situação."
"Uhum, você pode sair daqui?" Eu pergunto.
"Só depois de me divertir com você." Antes que eu pudesse responder, ele montou na minha cintura.
Então senti seus lábios macios no meu pescoço, beijando, lambendo e mordiscando lentamente. Não consegui conter os sons que saíram da minha boca e estaria mentindo se dissesse que não foi bom. Sabia que devia estar empurrando ele e gritando por ajuda, mas isso... não consegui evitar. Geme enquanto a mão dele desce pelo meu peito nu e acaricia minha pele.
Eu queria muito a boca dele na minha, mas eu podia beijar um estranho? Eu nem consigo ver o rosto dele e essas coisas estão acontecendo agora e, pra piorar, minha primeira vez fazendo algo sexual tá sendo com alguém que eu nem conheço. Pra completar, tô fazendo isso com um CARA. Quer dizer, eu não sei se sou gay ou não, nunca tive uma namorada... ou namorado, mas porra, isso é outra coisa.
A mão dele desceu pras minhas calças de moletom e abri a boca pra falar alguma coisa, mas ele começou a chupar minha clavícula. Eu meio que gritei de prazer, sem perceber.
Minhas calças de moletom e cueca box não estavam mais lá com esse estranho entre minhas pernas.
"Estranho, o que você tá fazendo?" As palavras saíram mais como gemidos, mas ele riu. "Você vai ver."
"Você já fez isso antes?" Ele perguntou.
"Não." Geme.
Ele murmurou e ouvi ele desabotoando a calça jeans. Eu não sei o que diabos tá acontecendo comigo, mas
Eu me vi alcançando a calça dele e pegando no c* dele.
Eu engasguei com o tamanho do c* dele e soltei, tentando sair de perto, mas ele me segurou no lugar.
"Não se preocupe, eu vou te preparar." Ele sussurrou e beijou minha bochecha.
Ele puxou a calça jeans e a cueca box, antes que eu ouvisse um barulho de plástico.
Camisinha
"V-você faz isso com frequência?"
"Não."
"Por que eu?"
"Deu sorte, eu acho."
Antes que eu pudesse responder, ele enfiou os dedos na minha boca. Ele esfregou eles na minha língua e eu cooperei, cobrindo-os com saliva. Ele os removeu e eu senti um dedo no meu buraco. Eu engasguei quando ele circulou a minha entrada e depois entrou. Geme no sentimento de ardência e o estranho pegou minha mão esquerda e beijou.
"Tenho que te preparar, ok, baby?"
"Uh-hum."
Eu tava lentamente me acostumando com a sensação e, quando ele percebeu, ele enfiou outro dedo em mim, movendo-os pra dentro e pra fora. Eu gemi alto de prazer e empurrei de volta neles. Ele enfiou outro e eu não aguentei mais, eu queria ele.
Eu passei minhas mãos pelo peito duro dele.
"Mais."
Ele removeu os dedos e eu chorei no vazio repentino. Quem diria que eu ia querer algo no meu c*.
Sinto o membro grosso dele esfregando em volta do meu buraco primeiro, causando um gemido.
"Para de provocar." Eu bufo.
Ele riu e enfiou só a ponta em mim, eu mordi o lábio inferior dele, me forçando a aceitar o p*u dele como um homem. Eu podia dizer que ele tava lutando contra a vontade de se jogar em mim pela forma como ele tava rosnando e segurando meu pulso para baixo. Ele me empurrou mais, até estar completamente dentro. Ele ficou parado por um tempo, até que eu estivesse gemendo de novo, precisando que ele me f*desse sem pensar. Ele puxou e empurrou de volta. Meus gemidos ecoaram por toda a sala, seguidos pelos gemidos dele, ecoando com tanta paixão. Eu estava apertado ao redor dele e foi bom. Ele se inclinou e mordeu meu lábio inferior, mas não me beijou. A pequena ação enviou calafrios por todo o meu corpo e ele me f*dendo não ajudou. Comecei a gritar e pedir pra ele ir mais rápido.
"Porra, você soa tão sexy." Ele gemeu. Ele socou mais rápido e forte em mim.
Eu podia sentir minha pulsação no meu p*u.
"P-perto." Eu respiro.
Ele agarrou meu membro e começou a se masturbar. Ele continuou se masturbando e eu comecei a me mover incontrolavelmente sob ele, o prazer era demais.
Perto do orgasmo, o estranho se inclinou e sussurrou no meu ouvido:
"Meu nome é Leo." Ele então beijou minha bochecha.
Como se soubesse o que ele queria, gritei o nome dele quando gozei na mão dele, com ele apertando meu membro gentilmente.
"Leo." Eu disse um pouco mais suave, quando senti seu líquido quente, mesmo estando na camisinha. Foi bom, imagine se ele tivesse me f*dido sem proteção.
Ele puxou delicadamente, removendo a camisinha. Meu buraco tava queimando, mas era uma boa queimação. Ele se deitou ao meu lado e se virou pro lado dele, beijando minha testa. Apoiei minha cabeça no peito dele e inspirei seu cheiro. Isso foi incrível, mas eu ainda tava com medo. Acabei de fazer sexo com alguém que eu não conheço. Tentei me mover, mas a dor na minha bunda me impediu. Eu chi e me deitei de novo.
"Fique parado."
O estranho se moveu, em vez disso. Ouvi quando ele se vestiu. Me enrolei no cobertor e fiquei parado na cama. Ouvi quando ele foi até minha mesa de cabeceira e acendeu a luz. A claridade repentina me fez chiar e fechar os olhos, mas os reabri. Finalmente dei uma boa olhada no homem e engasguei.
Eu conheço ele.
Ele sorriu e foi em direção à porta.
Eu o segui até a porta, ignorando a dor. Não sei por que meus pés se moveram, com minha boca aberta de choque, ainda não conseguia acreditar no homem que entrou pela minha janela, que me esquentou, me deu a melhor noite da minha vida e tirou minha virgindade, tudo de uma vez.
Antes de abrir a porta, ele se virou e veio pra mim. Ele segurou meu rosto nas mãos e plantou um beijo doce, suave e gentil nos meus lábios.
Ele se afastou e eu o observei, meus olhos arregalados de choque enquanto tentava controlar meus hormônios. Aqueles olhos azuis profundos me encararam de volta, cílios grossos e longos tremulando cada vez que ele piscava. Seus lábios vermelhos se separaram e sua língua rosada lambeu os lábios.
"Você é meu, entendeu?"
Tudo o que eu consegui fazer foi balançar a cabeça.
Ele só me beijou na boca pela primeira vez desde que ele tava aqui e foi o melhor.
"Vejo você por aí, baby." E assim ele saiu, fechando a porta atrás dele.