Já chega de ouvir a merda deles, decidi visitar a Índia pra investigar melhor. É só uma visita, não vai mudar nada, mas vai me dar a resposta que eu tô doida pra achar.
No fundo, sinto que essa visita vai mudar a minha vida, mas como? Deixa pra gente descobrir depois.
Terminei a faculdade no Texas, uma faculdade famosa aqui na cidade. Sou aluna de biologia e quero ser cientista biológica, tipo meu pai.
Sim, meu pai é meu herói e eu vou cruzar o oceano pra realizar o sonho dele e o meu também. Ele me ensinou a achar minha identidade e a me impor, e agora eu sou a pessoa que ele queria que eu fosse.
Independente e cheia de garra...
Segui cada passo do meu pai e fiz tudo com cuidado, como ele me ensinou quando ainda tava vivo, mesmo sendo difícil, e agora tô no lugar pra chegar no nível dele.
Thomas Gradson é um cientista biológico famoso que conquistou muita coisa antes de morrer, e o super-herói é meu pai. Tenho muito orgulho dele.
O último experimento dele foi misturar DNA humano com o de uma criatura pra criar um novo humano, mas deu errado logo depois que ele morreu.
Estão espalhando os boatos mais idiotas por todo o Texas sobre o monstro chamado Heil e a história de vida miserável dele, tipo como ele caça a cidade toda e mata as pessoas. E como as pessoas não moram mais naquela cidade e foram pra outra vila pra proteger a vida delas do monstro.
Que horror!
Isso foi explicado resumidamente no livro 'O Monstro Caçador Heil'. Escrito por ninguém menos que meu tio Hayle Stone.
Aí, gente! Não sou criança pra acreditar nessas histórias de fadas que as vovós contam pros filhos na hora de dormir.
Nunca acreditei nessas fantasias, então como vou acreditar nessa história idiota?
Mas uma coisa eu sei, eles estão escondendo alguma verdade da gente. Quero descobrir qual é a verdade e por que estão escondendo da gente.
Normalmente, cientistas cometem erros e escondem do mundo inteiro quando não conseguem descobrir coisas novas, mas nunca espalham boatos assim, mas aqui as coisas são ao contrário e isso chamou minha atenção.
Por que estão espalhando boatos assim?
"Reil, pensa nas minhas palavras por mais um segundo. Você tem tempo... Por favor." Minha Mãe implorou com os olhos inchados, tipo a enésima vez desde que contei pra ela sobre meus planos de ir pra Índia.
"Mãe!! De novo não. Já decidi, e já te falei que não vou desistir até conseguir o que quero, a verdade." Falei amargamente. Ela deixou os ombros caírem e desistiu.
"Faz o que quiser, mas se cuida, tá?" Assenti com a cabeça e olhei na direção dos meus amigos, que vão ser os membros da minha equipe, se abraçando e se beijando.
Hmm... queria ter um também. Alguém que me apoiasse em todas as minhas decisões, tipo meu Pai.
Estamos no aeroporto, prontas pra voar. Tô tão animada pra visitar a Índia de novo. Não é a primeira vez que vou na Índia.
Adoro a cultura deles, principalmente usar sarees nas ocasiões. Só um Saree simples e um brinco combinando já são suficientes pra te deixar mais bonita.
E a comida... não tenho palavras pra descrever tanta comida deliciosa e apimentada. Quando meu Pai tava vivo, a gente ia pra Índia uma ou duas vezes por ano, dependia do tempo livre dele. Ele passava todos os fins de semana com a gente, mesmo tendo muito trabalho.
Mesmo não tendo tempo pra gente, ele nunca deixou de ser um pai incrível e um marido carinhoso.
A Índia é a terra natal dele, e ele foi pro Texas por causa do trabalho, e lá ele encontrou o amor da vida dele, e logo depois de dez meses eu nasci do casamento deles.
Mas herdei todas as características da minha Mãe, exceto os olhos castanhos, tipo o meu Pai.
Pintei meu cabelo loiro de preto, mas não consegui mudar a minha pele pálida. Acho que não tenho melanina no corpo, então foi fácil pra mim ganhar o primeiro lugar na quinta série como fantasma numa festa de Halloween.
A maioria dos meus amigos vivia zuando de mim, dizendo que meu Pai misturou meus genes com os de um fantasma quando eu era feto na barriga da minha Mãe, por isso eu tava destinada a ter pele pálida.
Teve uma época que eu acreditava nas merdas que eles falavam, até os treze anos, a época em que perdi meu Pai.
Tive uma infância incrível até a morte repentina do meu Pai. Uns dizem que ele ficou preso no laboratório enquanto o fogo destruía tudo, mas minha Mãe disse que foi uma missão bem planejada pra tirar a vida do meu Pai.
Não entendi o que ela tava tentando me fazer entender.
Chole, Natasha, Dacy, Nichole, Clara e Eminem, meus amigos loucos, vão comigo pra Chennai.
E de lá, Kalai, Priya, Dhanu, Tharani e Pooja vão se juntar a nós. Eles estão doidos pra trabalhar com a gente e eu tô feliz de ter o apoio deles.
Indianos são muito simpáticos e prestativos. Ainda lembro quando me perdi no meio da multidão, uma Velha me ofereceu comida e água e ficou comigo até meu Pai me encontrar. Aquela foi minha última visita à Índia, mas aquele dia ainda guarda coisas memoráveis.
"Não vai passar de seis meses, depois a gente volta pro Texas." Foi assim que falei pra eles considerarem meu pedido.
Eles ficaram hesitantes no começo, mas de alguma forma concordaram em ir comigo.
A primeira coisa que eles ficaram com medo é o clima. É época de verão e eles sabem como o sol vai nos queimar vivas.